Nascido na cidade de Itapeva-SP, José Maria formou-se em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, e se especializou em Arte e Educação na Universidade de São Paulo e Cenografia e Figurino no Espaço Cenográfico São Paulo. Frequentou ateliês de artistas como: Fajardo, Julia Székely, Israel Kislansky e Chistiane Grigoletto.

Indo morar em Amsterdam estudou com Cecile Van Der Heiden. O contato com esta artista, bem como a exposição às galerias e aos artistas europeus mudou José Maria e seu trabalho de forma decisiva. Encorajado por Cecile, começou a expressar seus medos, frustrações e dores. Passou a nutrir a coragem de se expor e de entrar em contato com o feio e o não estético. Fazer um mergulho em sua própria história pessoal e a de seu pais . Isso levou o artista a encontrar uma arte única, original e, acima de tudo, própria.

O mergulho em si mesmo – incentivado pela experiência na Europa – trouxe à tona um mundo novo e autêntico para o artista.

Atualmente pesquisa a identidade brasileira e as influencias que recebemos das diversas culturas e povos que formam a nossa tão grande diversidade . Também busca representar através da arte seu olhar para o mundo atual e toda a sua complexidade , os dilemas e situações nas quais está imerso o homem moderno , refletindo a sociedade na qual estamos inseridos .

Atualmente, trabalha e reside em Jundiaí, São Paulo.

OBRA

“Meu trabalho fala das dores e sentimentos humanos . Neles retrato o mundo a partir de mim mesmo. Represento os personagens de minhas telas como num ambiente teatral.

A vida de forma exagerada, intensa e complexa, cheia de segredos e símbolos. Dualidades, antagonismos, a beleza e a dor. Sempre procuro me aprofundar em minhas próprias experiências como pessoa, e as figuras nascem de mim como numa catarse, como uma necessidade. No lugar do coração há algo, um outro objeto, um pássaro, uma pedra, etc, evidenciando os sentimentos , a emoção, contando uma história . Além disso, as rendas e figuras vazadas são uma característica constante e uma marca do meu trabalho.

Assim como o exagero , a dramaticidade , herança do nosso barroco , das alegorias carnavalescas . Retrato o mundo a partir de mim mesmo. Crio um dialogo com símbolos e muitos detalhes , mistérios a serem desvendados , lidos , descobertos .

Atualmente falo das relações sociais e padrões impostos e assimilados através da mídia e das influências da tecnologia e de um mondo globalizado no homem atual . Coloco cada vez mais nas minhas pinturas referências a herança da colonização , da nossa mistura de raças e culturas . De certa forma satirizando muitas vezes essa herança , de um povo brasileiro que não conhece sua identidade e muitas vezes não se aceita como realmente é . “